terça-feira, 16 de agosto de 2011

Memórias-Joao das Flores



Memórias

Agora, ja não temos a pele de nectar e ambrosia
Nem o cheiro delicado das manhãs amigas
O sabor nos lábios úmidos - únicos -
Que em outros lábios não achei

Agora, as carícias pálidas
São tênues como brumas de verão
Ja não temos o mesmo fôgo
Que incendiava o coração

A comédia é quase finita
Insiste, porque o amor teimoso
Não desistirá de nós
Porque não nos desistiremos:
Sobreviveremos na memória

A saudade então irá passear
Por onde houver lembranças:
Nos bosques da infância
Nas tardes da nossa mocidade

Joao das Flores

2 comentários:

Luís Eduardo Pirollo disse...

Olá minha querida amiga Debora!!!
Maravilhosa poesia, adorei!!!
Minha amiga, ainda bem que temos a memória para lembranças dos bons momentos, assim podemos revivê-los, matar saudades da infância, da juventude, mas só de vez em quando, porque a vida continua...
Parabéns pela excelente postagem!!!
Tenha um dia maravilhoso e abençoado!!!
Abraços e muita paz!!!

EXPEDITO GONÇALVES DIAS disse...

Que belo poema... Que escolha! E não conhecia ainda. Obrigado por compartilhar. Grande Abraço, Débora!